Tristeza Não era tanto... Mas não cabia no peito Era mais que pranto com lágrimas e olhos vermelhos Assim pelo meu desespero, Por despetalar o que fora inteiro A dor era o amargo lenitivo Era fronteira que dividia os sentidos... E unificava os versos como música Ah! Se aquela estação fosse a última! Se não houvesse tantas após Se o tempo não fosse meu próprio algoz Quando a noite findava a loucura Adormecia em Sol menor e despertava com a Lua Seguia os áureos ventos que insinuavam as veredas Era um peregrino das paisagens serenas Mas se aproximava o temporal e o cataclismo Agora a brisa é vendaval, e ascensão é declínio Via o vão abissal que fragmentava minha alma Eu já não era imortal como imaginava Assim como o palco vazio de um teatro Meu espírito num monólogo e... fim do primeiro ato! Resta-me o império devastado, E uma esperança em ruínas Que antes da noite chegar, Tu me levarás a vida Agora... sou constelação de uma estrela Sei que não é o momento... Mas desculpe minha tristeza... Karla Maggot |