A Cadeira Vejo a cadeira, ela me vê, engole-me, pois discuto pela cadeira a sua estabilidade mórbida e sustentação ameaçadora A cadeira imóvel, tranqüila. Eu me enojo, pois não sou a cadeira, não posso ser, não sei o que é ser. Estou confuso entre a distância da cadeira e os meus olhos, ela tão fria que fria fica que fria passa que fria é. A cadeira sem fala, Fala-me, em gestos ausentes de movimentos demonstra: sua expressão assombrosa, seu silêncio deslumbrante Eu me limitei à cadeira o limite de não ser por ver o que não sou e sentir o que não poderia. Cansado da cadeira digo fim admitindo meu não: eu não sou a cadeira
ass: Karla Maggot |
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