quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dor

Como dói saber que você não me quer...

Sentir que meu amor, nada significa para você...

Que seu toque jamais terei...

E que seus lábios, jamais beijarei...

Por que a vida é tão cruel??

Por que não posso ter você??

Se sem você, já não posso mais viver...

Ó Deus, não me deixe mais sofrer...

Presentei-me com o amor...

O amor do homem que nunca me olhou...

ass: Karla Maggot

domingo, 23 de agosto de 2009

Trevas e Luz

Fria Lenta

Súbita, Fervente

Libertação Eterna

Puxando a corrente

Fim da Carne

Passo da Alma

Escada Negra

Sem Começo nem Fim

Nuvens Negras

Escondem o próximo degrau

Sinos Soam

Vozes Berram

Recompensa, Purgatório

O Calor do Amor

Jorra das Fontes Infinitas

Paraíso, Quente como seu Amor

A Frieza da Solidão

Emanados da Escuridão

Inferno, Frio como seu Coração.

Karla Maggot

Tristeza

Não era tanto... Mas não cabia no peito

Era mais que pranto com lágrimas e olhos vermelhos

Assim pelo meu desespero,

Por despetalar o que fora inteiro

A dor era o amargo lenitivo

Era fronteira que dividia os sentidos...

E unificava os versos como música

Ah! Se aquela estação fosse a última!

Se não houvesse tantas após

Se o tempo não fosse meu próprio algoz

Quando a noite findava a loucura

Adormecia em Sol menor e despertava com a Lua

Seguia os áureos ventos que insinuavam as veredas

Era um peregrino das paisagens serenas

Mas se aproximava o temporal e o cataclismo

Agora a brisa é vendaval, e ascensão é declínio

Via o vão abissal que fragmentava minha alma

Eu já não era imortal como imaginava

Assim como o palco vazio de um teatro

Meu espírito num monólogo e... fim do primeiro ato!

Resta-me o império devastado, E uma esperança em ruínas

Que antes da noite chegar, Tu me levarás a vida

Agora... sou constelação de uma estrela

Sei que não é o momento... Mas desculpe minha tristeza...

Karla Maggot

Síndrome do Mal

Ó terra ingrata,

por onde um dia passei

na plenitude da vida

à tristeza roguei

Embalsamado em meus sonhos

Entrevado sob a realidade

Salpicado pelo sangue nobre

Da negra ave da maldade

Companheira de outras eras

Lembrança em minh’alma

Abatida em vôo sombrio

O submundo agora a salda

Desatinos líricos

fortalecem o coração empedrado

Firme áurea reluzente

Na sombra do passado

Sincera inocência perdida

Fugaz amante louvada

Serena morbidez expira

Feito certeira flechada

Não há mais busca

Estranha e total demência

Apenas uma terrível luta

Instintiva sobrevivência

Marcado pela dor

Entorpecido pelo ópio

Desde as mais longínquas noites

Perseguido pelo ódio

Suave veneno que corroe

maldita angústia no peito

Preparando o ser sórdido

Para seu fúnebre leito

Sinfonia mórbida ecoa

dos doces lábios da donzela

A melancolia me chama

E agora me vela

Bendita paz derradeira

À ela e à mim defere

Eterno sepulcro solitário

Não há morte que a leve

Karla Maggot